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quinta-feira, 15 de março de 2012

“Políticos só vêem comunicação como campanha eleitoral”


“Políticos só vêem comunicação como campanha”, diz especialista em comunicação pública
Priscila Fonseca

Seminário de Comunicação reuniu prefeituras de São Paulo

O consultor em comunicação, Jornalista João Marcos Rainho, acredita que os políticos ainda não entendem a complexidade da comunicação na esfera pública. “Os políticos acham que o comunicador só precisa pensar na forma de divulgação da campanha eleitoral deles, mas não e assim”, disse Rainho, que participou do 1º Seminário de Comunicação para Prefeituras, realizado nessa quarta-feira (30/11/11) em São Paulo.


O especialista, que já integrou a equipe de consultorias da Fundação Getulio Vargas e do Instituto Florestan Fernandes, afirmou que é importante conscientizar os políticos do papel da comunicação. Além, pensar em estratégias é o que define uma boa gestão, o que melhora muitos conflitos, imagem e conteúdo.

“O comunicador social tem que ser um profissional holístico, ser mais estratégico e, alem disso, ser o educador da comunicação”, finalizou.

O evento também contou com apresentações das prefeituras de São Paulo, Guarulhos, Campinas, Santo André e São José dos Campos.

Meu comentário - *Jornalista Jânio Pires

Sobre a afirmação concluída pelo consultor em comunicação, jornalista João Marcos Rainho na  matéria reproduzida acima sobre o "1º Seminário de Comunicação para Prefeituras" que reuniu diversas prefeituras do estado de São Paulo, comento:

Lamentável, mas verídica a afirmação do especialista. A grande maioria dos políticos que vocês conhecem, principalmente da gloriosa cidade de São Paulo, pensam no trabalho do profissional de comunicação apenas no ano eleitoral e para a divulgação de sua campanha e não como um instrumento de trabalho de fundamental importância no exercício de seu mandato.
Subutilizam-se dos serviços dos profissionais da área (jornalistas e assessores de imprensa); recorrendo a eles apenas quando surge alguma denúncia envolvendo o seu nome ou que possa comprometer o seu mandato. 

Buscam nesses momentos divulgar e fazer esclarecimentos na mídia eletrônica e impressa, denotando que estão preocupados apenas em não macular ou ofuscar sua própria imagem.
Ainda nesses episódios, através da mídia tentam buscar o apoio da opinião pública e criar clima favorável através dos formadores de opinião para justificarem seus atos. 
Outro hábito comum entre políticos que adotam essa prática, é divulgar mensagens nas mídias regionais impressas (publicações e periódicos), parabenizando a comunidade toda pela passagem do dia das mães, da avó,  do leiteiro, do comerciante... e assim sucessivamente (não que  não sejam merecedores), exortando aos mais desinformados a que não esqueçam o seu rosto até a próxima eleição. A experiência já mostrou, não traz resultado, não é eficiente e tampouco eficaz. 

Existem exceções, políticos empreendedores com visão de maior alcance, que já se utilizam dos serviços das empresas de comunicação no decorrer do exercício do mandato ou para as atividades da política institucional, esteja no legislativo ou executivo. 

Contratam ou terceirizam os serviços de profissionais experientes e/ou empresas de comunicação que prestam consultorias  em pesquisas de opinião, assessorias de imprensa, prestações de contas, elaboram peças publicitárias, realizam consultas e comunicados sobre a elaboração de uma proposta de projeto de lei ou execução de um projeto ou obra de intervenção urbana, organizações de eventos e outras atividades, demonstrando através desses gestos, permanente respeito e preocupação com os cidadãos aos quais se comprometeu representá-los e sobretudo o interesse comum da grande maioria junto ao poder constituído.  


*Jânio Pires, 52, jornalista graduado em comunicação empresarial, memorialista de história e consultor de marketing cultural.


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