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quinta-feira, 17 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
PATRIOTISMO E CIVISMO
Entendamos a importância de se resgatar o espírito de patriotismo em
uma semana importantíssima para o Brasil, que é a Semana da Pátria; patriotismo
que se perde a cada nova geração.
Compreendendo os hinos brasileiros
Resgatando um Patrimônio
A gente só ama o
que entende
Dos objetivos
Entendemos o Hino Nacional Brasileiro, bem como os demais
hinos de nossa Pátria, como um dos principais patrimônios lingüísticos,
semiológicos e patrióticos nacionais. Como elemento poético, virtualiza e
define no imaginário brasileiro o conteúdo de amor à Pátria, comum a todos os
brasileiros e indispensável para a identidade nacional. Saber cantá-lo,
compreendendo a visão do autor e saboreando com orgulho os seus belos versos,
deveria apetecer espontaneamente ao mais comum dos cidadãos. Por isso nossos
objetivos são:
• traduzir, em linguagem simples, os significados literais
e poéticos do texto;
• enriquecer o vocabulário do cidadão, pela transformação de
vocábulos eruditos em vocábulos da linguagem popular;
• ajudar a resgatar nossa auto-estima enquanto cidadãos
brasileiros;
• enfatizar a importância de nossos hinos como símbolos da
Pátria;
• propiciar o cumprimento da LEI n. 5.700 - DE 1° DE
SETEMBRO DE 1971, que determina a obrigatoriedade do ensino do Hino Nacional
Brasileiro em todas as escolas públicas e particulares do País.
O Hino Nacional Brasileiro e sua síntese poética
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da liberdade em raios fúlgidos
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
|
[O brado trouxe o sol, que
simboliza a alegria de ser livre.]
|
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte.
|
[Igualdade cria liberdade.]
|
Ó Pátria Amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
|
|
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece!
|
[A cruz de Cristo traz a
esperança.]
|
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
|
[A natureza deu grandeza.]
|
Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó Pátria Amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria Amada, Brasil!
|
[A Pátria é generosa.]
|
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
|
[O Brasil tem localização
privilegiada.]
|
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos têm mais flores.
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio, “mais amores”.
|
[Nossa natureza é colorida.]
|
Ó Pátria Amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
|
|
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
|
[O Brasil é um país pacífico.]
|
Mas se ergues da justiça a clava forte
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme quem te adora a própria morte!
|
[O brasileiro é valente.]
|
Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó Pátria Amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria Amada, Brasil!
|
|
Significado
do Hino Nacional Brasileiro
O Hino Nacional Brasileiro tornou-se obrigatório em todas as
escolas públicas e privadas do país. Ao menos uma vez por semana os alunos
precisam cantar o hino. A letra do hino é muito bonita, mas muitas pessoas não
entendem o sentido de todas as palavras e frases presentes nele. Abaixo poderá
encontrar o hino nacional traduzido. Utilizando uma linguagem fácil, o autor
Wayne Tobelem dos Santos explicou muito bem uma das maiores riquezas de nossa
nação, da pátria amada Brasil. Confira:
1. Ouviram
do Ipiranga às margens plácidas
De um povo
heróico o brado retumbante
As margens plácidas
do (rio) Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.
Plácido quer dizer
calmo. Dom Pedro I vinha de Santos, ao longo do rio Ipiranga, quando tomou a
corajosa decisão de declarar a independência do Brasil.
Brado é grito. Retumbante
é estrondoso, barulhento, para fazer um contraste com a placidez das margens.
Poderíamos
parafrasear (escrever de outra forma) este verso assim: As margens calmas do
rio Ipiranga ouviram o grito estrondoso de um herói (Dom Pedro I), que representava
todo o povo brasileiro.
O riacho Ipiranga
nasce junto ao Zoológico de S. Paulo. Era de costume na época inverterem-se as
frases à moda latina.
2. E o sol
da liberdade em raios fúlgidos
Brilhou no
céu da Pátria nesse instante.
Fúlgido significa
brilhante.
Mas não dava prá
dizer: "raios brilhantes brilhavam" porque iria parecer repetitivo e
pobre. O grito de "Independência ou Morte" transformava uma nação
colonial, dependente de Portugal, em um novo país autônomo e livre. Duque
Estrada compara a liberdade a um sol brilhante que ilumina o céu (Pátria),
antes obscurecida pelo colonialismo.
3. Se o
penhor dessa igualdade
Conseguimos
conquistar com braço forte,
Em teu
seio, ó liberdade,
Desafia o
nosso peito a própria morte!
Penhor equivale a
garantia, segurança. É comum a gente penhorar algo de valor (em troca de
dinheiro) e receber um papel que garanta a recuperação daquilo que foi
penhorado. O Brasil passou a ser independente e, portanto, conquistou o penhor
da igualdade, ou seja, daquele momento em diante, Portugal e Brasil eram nações
iguais, sem que uma fosse superior à outra. E a frase continua, dizendo: o
nosso peito desafia a própria morte.
Simplificando: agora que o povo brasileiro conquistou seu passe
para a liberdade, através de sua força e coragem, inspirado nesta nova
liberdade não hesitará em enfrentar a própria morte (isto é, se tiver de lutar
e morrer, o povo não sentirá medo). A frase pode ser reescrita assim: através
de nossa coragem conquistamos uma igualdade de condição com quem antes era
nosso colonizador e, para manter esta situação de liberdade, estamos prontos a
sacrificar a própria vida.
4. Ó
Pátria Amada,
Idolatrada
Salve!
salve!
Idolatrar é
transformar algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo
geral. Salve equivale a uma saudação. Originalmente se dizia; "Deus te
salve!"
5. Brasil,
um sonho intenso, um raio vívido
De amor e
de esperança à terra desce,
Se em teu
formoso céu risonho e límpido
A imagem
do Cruzeiro resplandece!
Vívido é intenso,
ardente, vivo. Formoso é belo. Límpido significa transparente, claro.
Resplandecer equivale a brilhar ou luzir intensamente. Aqui o poeta compara o
Brasil a um sonho intenso, porque ainda tem muito a realizar. Sabe-se que o
Cruzeiro do Sul é uma constelação que aparece no céu do Brasil. Ela tem a forma
de cruz, que nos lembra Jesus Cristo e as práticas cristãs. Portanto, vamos
refazer os versos para entender o sentido: O Brasil é como um sonho intenso e,
já que em nosso céu límpido a cruz de Cristo resplandece, desta cruz desce um
raio brilhante que ilumina o Brasil. Ou seja, o Brasil está sob o amparo e a
proteção de Cristo.
6. Gigante
pela própria natureza
És belo,
és forte impávido colosso,
E o teu
futuro espelha essa grandeza.
Se você olhar o
mapa mundial, vai notar que o Brasil é o quinto maior país do mundo (depois de
Rússia, Canadá, Estados Unidos e China). Com mais de 8.500.000 de Km2, o Brasil
é naturalmente gigantesco.
Note que às vezes
os poetas têm o costume de falar diretamente com as coisas, como se elas fossem
pessoas: "és belo, és forte..."
Impávido significa
sem medo: destemido, corajoso. Colosso é uma pessoa ou objeto de tamanho muito
grande.
Vamos reescrever a
frase: Tu (Brasil), és belo, forte e, graças ao tamanho imenso que a natureza
te deu, não tens medo de nada. Além disso, a tua grandeza de hoje vai se
revelar no futuro.
7. Terra
adorada, entre outras mil,
És tu
Brasil, ó pátria amada!
Dos filhos
deste solo és mãe gentil,
Pátria
amada, Brasil!
Este trecho é mais
fácil de se entender, embora também utilize algumas inversões:
Brasil, tu és nossa
terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa pátria
amada, mãe gentil (carinhosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros).
8. Deitado
eternamente em berço esplêndido
Ao som do
mar e à luz do céu profundo,
Fulguras,
ó Brasil, florão da América,
Iluminado
ao sol do Novo Mundo!
Esplêndido é
maravilhoso, deslumbrante. Fulgurar é brilhar, resplandecer. Também pode
significar distinguir-se ou sobressair (entre outros). Florão é uma decoração
bonita e grande em forma de flor.
A idéia que Duque
Estrada quer transmitir é a de que a localização geográfica do Brasil é mesmo
muito privilegiada: as montanhas, as matas, os rios, toda a natureza formam a
imagem de um berço (porque, além do mais, o Brasil, uma nação que se tornara
recentemente independente, era como um imenso país recém-nascido).
"Ao som do
mar", porque temos um litoral vasto com belíssimas praias; "e à luz
do céu profundo", isto é, ensolarado, típico dos trópicos.
O "sol do Novo
Mundo" coloca o Brasil mais uma vez como uma nação jovem e promissora. O
velho mundo (Europa) conquistou e colonizou o novo mundo (América).
Vamos reescrever:
Brasil, tu possuis uma localização espetacular, com uma natureza rica, muito mar
e sol. Por isso, entre outras nações da América (Novo Mundo), tu te destacas
como um florão.
9. Do que
a terra mais garrida
Teus
risonhos lindos campos têm mais flores,
"Nossos
bosques têm mais vida",
"Nossa
vida" no teu seio, "mais amores".
Garrida é colorida,
alegre, vistosa.
Teus risonhos
lindos campos têm mais flores do que a terra mais garrida (vistosa). Ou seja,
nossa natureza é mais colorida e bela que a de outras terras.
Nossos bosques têm
mais vida (mais beleza e vitalidade).
Nossa vida, em teu
seio (dentro de ti, Brasil), mais amores.
Equivale a dizer
que nós, brasileiros, por vivermos no Brasil, somos mais capazes de amar.
As aspas são usadas
por Duque Estradas no original, pois representam citações dos versos de
Gonçalves Dias em "Canção do Exílio":
Minha terra tem
palmeiras,
Onde canta o
sabiá...
...Nosso céu tem
mais estrelas,
Nossas varzeas têm
mais flores,
Nossos bosques têm
mais vida,
Nossa vida mais
amores.
10.
"Ó Pátria amada,
Idolatrada
Salve!
Salve!
Idolatrar é transformar
algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo geral.
Salve equivale a
uma saudação. Originalmente se dizia: "Deus te salve!"
11.
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro
que ostentas estrelado
Ostentar é mostrar
com orgulho.
Um lábaro era um
estandarte muito usado pelos romanos e aqui está representado por nossa
bandeira, repleta de estrelas. O poeta compara a bandeira a um estandarte e
deseja que ele represente o amor eterno.
O verso está
invertido. Deve-se ler: Brasil, o lábaro que ostentas estrelado seja símbolo de
amor eterno.
O poeta está
tentando dizer: tomara que as estrelas da tua bandeira sejam símbolo de amor
eterno.
12. E diga
ao verde-louro desta flâmula
Paz no
futuro e glória no passado.
Flâmula aqui, é sinônimo
de bandeira. O louro é uma planta. Com seus galhos e folhas os imperadores
romanos eram coroados. Portanto, simboliza poder e glória. Mais uma vez, vamos
olhar para a bandeira. Duque Estrada torce para que o louro da bandeira
simbolize um poder que venceu batalhas gloriosas no passado, quando isso foi
necessário para se conseguir a independência, mas só deseja paz daquele momento
em diante, pois o verde, além da esperança, também simboliza a paz.
13. Mas se
ergues da justiça a clava forte
Verás que
o filho teu não foge à luta,
Nem teme
quem te adora a própria morte.
Clava é um pedaço
de pau pesado (mais grosso numa ponta que na outra), que era usado como arma.
Vimos que, no verso
anterior, o poeta sonha com a paz no futuro.
De repente,
entretanto, este novo verso diz: mas se ergues (levantas) a clava forte da
justiça, ou seja, se o país tiver de lutar contra a injustiça, verás que um
brasileiro (filho teu) não foge à luta (enfrenta a guerra).
E quem te adora não
teme nem a própria morte, quer dizer, os brasileiros adoram tanto o seu país
que seriam capazes de sacrificar suas próprias vidas para defendê-lo.
14. Terra
adorada, entre outras mil,
És tu,
Brasil, ó pátria amada!
Dos filhos
deste solo és mãe gentil,
Pátria
Amada, Brasil!
Este trecho é mais
fácil de entender, embora também utilize algumas inversões: Brasil, tu és nossa
terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa pátria
amada, mãe gentil (carinhosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros).
Fonte: Wayne Tobelem dos Santos
Esclarecimento
O autor não tem a
pretensão de elaborar um estudo exaustivo dos hinos aqui apresentados. Tão
somente visa a explicar e a facilitar a compreensão de seu significado para o
cidadão brasileiro.
O autor também se
permitiu algumas interpretações pessoais, o que é usual em se tratando de
poesia.
Recebi um e-mail, que traz um depoimento da senhora Ana Arcanjo,
nascida na cidade de Santos foi enfermeira e atuou como membro da Cruz Vermelha
na Revolução Constitucionalista de 1932. Segundo ela, em sua infância,
cantava-se o Hino Nacional Brasileiro na escola em que estudava e a parte
tocada do hino que é chamada de introdução na verdade existia uma letra que era
cantada e com o passar dos anos e o progresso foi suprimida. Mas lembra-se
claramente da letra que reproduzimos abaixo:
Hino Nacional Brasileiro
Introdução (parte instrumental)
A parte instrumental tem uma introdução,
que possuía uma letra, que foi excluída da versão oficial do hino. Atribuída a
Américo de Moura, diz:
Espera o Brasil
Que todos cumprai
Com o vosso dever.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Gravai com buril
Nos pátrios anais
Do vosso poder.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Servi o Brasil
Sem esmorecer,
Com ânimo audaz
Cumpri o dever,
Na guerra e na paz
À sombra da lei,
À brisa gentil
O lábaro erguei
Do belo Brasil.
Eia sus, oh sus!
O CIVISMO
A discussão a partir da fala de Jesus
sobre os impostos pode ser ampliada, para nos ajudar a refletir na natureza de
nossos compromissos com a pátria em que nascemos.
Temos deveres e privilégios para com esta
pátria. Civismo é a palavra que nos conecta com estes deveres e privilégios.
Dar a César o que é de César é um dever
cívico de todo aquele que é cidadão. Cidadania e civismo são, na verdade,
palavras sinônimas.
1. Civismo
é desejar o melhor para o país, sem ufanismo e sem derrotismo.
O ufanista só vê as possibilidades
nacionais como realizações. O derrotismo salienta as mazelas nacionais, que não
são poucas.
Precisamos ver os valores brasileiros, sem
esquecer os males brasileiros.
Desejar o melhor para o país é orar pela
pátria e seus governantes. Será que não temos abandonado aqueles que elegemos,
deixando de orar por eles?
2. Civismo
é pagar impostos e vigiar sua aplicação.
Já que os temos de pagar, por que não
vigiar seu uso.
Há cidades que tèm praticado orçamentos
participativos, ocasiões em que os cidadãos podem comparecer e opinar sobre as
prioridades do governo municipal. Nos planos estadual e federal, este trabalho
é (ou deve ser) feito pelas Câmaras estaduais e pelo Congresso Nacional.
Precisamos acompanhar o planejamento das
despesas e sua execução. Não é fácil, mas se tivermos interesse, conseguiremos
formas de o fazer, mesmo que modestamente.
3. Civismo
é não corromper.
O motorista, flagrado em erro no transito
e que aceita ser subornado, é melhor que o policial rodoviário?
Uma destes, numa parada na estrada,
enquanto esperávamos nossos lanches no balcão de um restaurante, travamos eu e
um homem o seguinte diálogo:
-- Essa estrada está muito perigosa.
-- Muito movimento.
-- E a gente acaba fazendo o que não deve.
Há alguns quilômetros o guarda me parou. Minha documentação está toda ok.
Acontece que fiz uma ultrapassagem em lugar proibido.
-- A multa é alta.
-- O problema são os pontos na carteira.
Estou perto do limite. Saiu por 60 reais.
-- Mas a multa é mais alta.
-- O guarda me disse que era 240, mas que
podia resolver por 120. Negociei pela metade.
Então, ele me mostra uma nota de 10.
-- E ele ainda queria este 10, mas eu
disse que precisaria caso me furasse um pneu do carro.
Só ouvi.
-- A gente acaba cometendo crimes
(ultrapassar na contramão e pagar propina) e chega em casa e ainda tem que
encarar os filhos.
4. Civismo
é escolher conscientemente em quem vai votar.
Precisamos aprender a votar.Nossa atuação
neste campo é vergonhosa. Segundo uma pesquisa, apenas 3% dos cariocas se
lembravam em novembro de 2009 em quem votaram para deputado federal em outubro
de 2006. Em quem você votou para vereador nas últimas eleições. Eu me lembro e
ele perdeu. Segundo outra pesquisa, 21% dos eleitores (17 milhões de pessoas)
admitem já ter trocado voto por emprego, dinheiro ou presente. A pesquisa, de
âmbito nacional, revela também 12% dos entrevistados dizem estar dispostos a
mudar seu voto por dinheiro. A maioria (79%) acreditam que os brasileiros
vendem voto e 33% concordam com a idéia de que não é possível fazer política
sem um pouco de corrupção. Ao mesmo tempo, 94% condenam a comercialização do
voto. (Dados do DataFolha, divulgados pela Folha de S. Paulo, em 4.10.2009)
Se você já vendeu (ou trocou, que é mais
suave) o seu voto, arrependa-se e não pratique mais isto.
5. Civismo
é candidatar-se
No Brasil, ser político tornou-se uma
profissão, uma forma de ascensão social. Mesmo pessoas sem qualquer chance
disputam, esperando que, quem sabe, possa lhe sobrar um cargo em algum órgão
público. Apesar disto, a política não pode ser deixada para os profissionais. É
preciso que os idealistas e apaixonados, que tenham propostas, se candidatem. O
jogo é bruto, mas os vocacionados devem joga-lo, com sabedoria e temor a Deus.
Se conhecemos pessoas em quem acreditamos, devemos apoiá-las, com trabalho,
dinheiro e oração.
6. Civismo
é conhecer os símbolos nacionais, sem os cultuar (no sentido de adorar, verbo que só
podemos conjugar para Deus).
É cívico conhecer os símbolos nacionais
brasileiros, que são, segundo a Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971, os
seguintes:
BANDEIRA
NACIONAL
A esfera azul, representando nosso céu
estrelado, tendo ao centro com a seguinte frase "Ordem e Progresso".
As 27 estrelas representam os 26 estados e o Distrito Federal.
O losango amarelo ao centro representa o
ouro (ou a riqueza nacional).
O retângulo verde representando nossas
matas e florestas.
ARMAS
NACIONAIS
No centro há um escudo circular sobre uma
estrela verde e amarela de cinco pontas. O cruzeiro do sul está ao centro,
sobre uma espada. Um ramo de café está na parte direita e um de fumo a
esquerda. Uma faixa sobre a parte do punho da espada apresenta a inscrição
"República Federativa do Brasil". Numa outra faixa, abaixo,
apresenta-se "15 de novembro" (direita) e "de 1889"
(esquerda)
SELO
NACIONAL
É usado para autenticar documentos
oficiais e atos do governo federal. É usado também para autenticar diplomas e
certificados emitidos por unidades de ensino oficialmente reconhecidas. É
representado por uma esfera com as estrelas (semelhante a da bandeira
brasileira), tendo ainda a inscrição "República Federativa do
Brasil".
É cívico cantar o Hino Nacional
Brasileiro, por exemplo, sabendo-o de cor e conhecendo sua história e
significado.
Primeiramente surgiu a música, composta
por Francisco Manuel da Silva (1795-1865), entre 1823 e 1831 (uma vez que a
data é disputada), servindo-se de outra letra. A letra foi escrita por Joaquim
Osório Duque Estrada (1870 – 1927), que em 1909 venceu um concurso para a
escolha da letra para o hino, que ele mesmo modificaria em 1916 e seria tornada
oficial em 1922. Em de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro
tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país,
devendo ser executada pelos menos uma vez por semana.
A parte instrumental tem uma introdução,
que possuía uma letra, que foi excluída da versão oficial do hino. Atribuída a
Américo de Moura, diz:
Espera o Brasil
Que todos cumprai
Com o vosso dever.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Gravai com buril
Nos pátrios anais
Do vosso poder.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Servi o Brasil
Sem esmorecer,
Com ânimo audaz
Cumpri o dever,
Na guerra e na paz
À sombra da lei,
À brisa gentil
O lábaro erguei
Do belo Brasil.
Eia sus, oh sus!
A letra do hino nacional brasileiro
precisa ser interpretada, por causa da sua construção fraseal e do seu
vocabulário:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
As margens plácidas (calmas) do riacho
Ipiranga ouviram o brado (grito) retumbante (forte, com barulho) de um povo
heróico (o povo brasileiro). Trata-se de uma referência ao grito da
independência, dado por D. Pedro quando ia de Santos para São Paulo. Próximo ao
riacho do Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822, ele levantou a espada e
gritou: "Independência ou Morte!".
A partir daí, o sol da liberdade brilhou,
em raios fúlgidos (brilhantes), raiou no céu do Brasil no momento da
proclamação da Independência.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, o Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Conseguimos conquistar com braço forte o
penhor (garantia) desta igualdade.
Por isto, no seio (coração) da liberdade,
nosso peito desafia a própria morte, isto é, somos capazes de desafiar a
própria morte para defender a liberdade da nossa idolatrada (amada) pátria.
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
O Brasil é fruto de um sonho intenso; é um
raio vívido (intenso, claro), feito de amor e de esperança, que alcança a
terra, terra onde no céu risonho e límpido (puro) resplandece (brilha) a
constelação de estrelas chamada de Cruzeiro do Sul.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada, Entre outras mil,
És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Os recursos naturais do Brasil fazem dele
um gigante, bonito, forte, corajosamente grande. Isto vai ter reflexos no
futuro. A pátria é a mãe gentil (generosa) de todos os que nascem no Brasil.
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, o Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais
flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio
"mais amores".
O Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Localizado belamente à margem do oceano
Atlântico, que lhe dá um longo e ensolarado litoral, o Brasil desponta na
América como um florão (flor feita de ouro)
O Brasil é um país enfeitado com flores.
Então, o autor cita o poeta Gonçalves Dias, para dizer que nossos bosques têm
mais vida e neste país podemos amar intensamente.
Por isto, nós a amamos.
Brasil, de amor eterno seja símbolo,
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
O lábaro (bandeira) cheio de estrelas,
representando os estados, deve visto como o símbolo do nosso amor pela pátria.
Que esta flâmula (bandeira) de corres verde-louro (verde e amarelo) nos inspire
a desejar paz no futuro, à luz de um passado de glórias.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada, Entre outras mil,
És tu, Brasil,Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Se na defesa da justiça, é preciso o uso
da clava forte (arma primitiva de guerra, tacape), os brasileiros não fugirão à
luta. Quem ama o Brasil não teme nem a morte para defendê-la.
Civismo é cantar o Hino Nacional
Brasileiro, com emoção e compromisso.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
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