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terça-feira, 31 de julho de 2012

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

terça-feira, 3 de julho de 2012

TV GLOBO - BOM DIA BRASIL


ENTREVISTA COM VÂNIA SANTAYANA P.2

ENTREVISTA COM VÂNIA SANTAYANA P.1

ENTREVISTA COM VÂNIA SANTAYANA - Parte 1

Essa é a primeira parte da entrevista com Vania Santayana, esposa de Mauro Santayana, filha de líder sindical na época da ditadura militar, que foi barbaramente torturado, e ela mesma militante e também torturada. E minha primeira contribuição ao debate atual sobre se devemos culpar ou não os torturadores. A opinião do blog é: SIM, OS TORTURADORES DEVEM SER CONDENADOS CRIMINALMENTE. NÃO OS INSURGENTES. INSURGENTE NÃO É CULPADO EM LUGAR NENHUM DO MUNDO. DEVEM SER CULPABILIZADOS OS HOMENS DO ESTADO, QUE TORTURARAM, COMETENDO CRIME CONTRA A HUMANIDADE, O ÚNICO CRIME QUE ESTÁ ACIMA DA POLÍTICA, RELIGIÃO OU CULTURA. TORTURA É CRIME CONTRA A HUMANIDADE. NÃO SE TORTURA CACHORRO, QUANTO MAIS UM SER HUMANO. 

Eu, Miguel do Rosário, filho de José Barbosa do Rosário, tive um tio, irmão do meu pai, chamado Francisco do Rosário Barbosa, que foi barbaramente torturado, até a morte, em 1981. O irônico é que ele não era sequer militante político, que naquela época já tinham sido todos mortos ou exilados. Era um trabalhador sem ligação alguma com partido político ou mesmo movimento político. Nada. Era um poeta, na realidade, que trabalhava para viver. Um dia, voltando de seu trabalho, em Maria da Graça, subúrbio do Rio, até sua casa, em Copacabana, onde dividia uma quitinete com sua namorada, sua vida acabou.

A polícia militar parou o ônibus em que ele voltava. Agentes entraram no veículo e começaram a pedir documentos de todos os passageiros. Abordavam as pessoas aos gritos. As pessoas simples que voltavam de seus empregos reagiam com perplexidade e pavor. Então meu tio talvez tenha tido a única manifestação política de sua vida. Ergueu-se e protestou, com a voz surda, a dicção canhestra e o sotaque mineiro carregado, que caracterizavam o seu jeitão rural, usualmente calado, introvertido e confuso, como todos os barbosas. 

Eu escrevi um artigo sobre essa história aqui.




A DIREITA SE ASSANHA CONTRA O MERCOSUL

Reprodução na integra do Blog do Jornalista Mauro Santayana

(Carta Maior) -Em artigo famoso, Assis Chateaubriand qualificou, há 60 anos, os industriais de São Paulo de seu tempo, reunidos na FIESP e no Centro das Indústrias do Estado, como os fazedores de crochê. A FIESP decidiu contratar o ex-embaixador Rubens Barbosa como seu pensador político e porta-voz corporativo ao mesmo tempo. O diplomata, conhecido por sua posição francamente neoliberal, vem combatendo, com irritante insistência, a política externa brasileira, mesmo que o Itamaraty, sob o chanceler Antonio Patriota, tenha deixado de ser o que foi sob o governo Lula.
Barbosa acusou, ontem, sábado, a Argentina de estar destruindo o Mercosul, ao transformá-lo em instrumento político, em detrimento de sua natureza comercial, e criticou a inclusão da Venezuela no bloco. Talvez porque os grandes empresários de São Paulo, desde sempre, se nutrem do Estado, ele não atacou diretamente o governo brasileiro, nestas declarações mais recentes. O ex-embaixador em Londres e Washington – durante o governo Fernando Henrique - está sendo coerente com a sua posição ideológica e seu alinhamento conhecido aos interesses das grandes finanças. Mas, pelo que parece, está prestando mau serviço à indústria de São Paulo, que tem, na Venezuela, um excelente mercado comprador. Só no ano passado, exportamos US$ 4 bilhões e 591 milhões, e importamos US$ 1 bilhão e 270 milhões, e o superávit comercial com aquele país de US$ 3 bilhões e 321 milhões.
Como está sendo costumeiro, no Brasil – a exemplo dos Estados Unidos – os altos funcionários do Estado se tornam consultores de grandes negócios, tão logo se aposentam. Esse foi o caminho de Rubens Barbosa que, além de chefiar seu escritório de consultoria, tornou-se presidente do Conselho Superior do Comércio Exterior da Fiesp. Mas, como vemos, seu ódio ao governo venezuelano, chefiado por Chávez, levou-o a essas declarações, que contrariam os interesses dos exportadores paulistas.
A manifestação de Rubens Barbosa confirma a orquestração da direita, nacional e internacional, contra a entrada, automática – diante da ausência do Paraguai – no Tratado do MERCOSUL. Ora, daqui a poucos meses serão realizadas eleições presidenciais na Venezuela e, conforme as pesquisas, o presidente Chávez, debilitado pela enfermidade, talvez possa ser derrotado pelo seu oponente, Henrique Capriles. Se isso ocorrer, o novo presidente poderá, se quiser, deixar o Mercosul e alinhar-se totalmente aos Estados Unidos. Não há nada, portanto, para que Rubens Barbosa faça do episódio uma tragédia.
O novo governo paraguaio ameaça deixar o Mercosul, mas o povo paraguaio não o acompanha, se dermos crédito aos comentários dos leitores dos jornais. O diário Última Hora, de Assunção, em seu lúcido editorial de ontem, recomenda a Federico Franco, e a seu chanceler, moderar a linguagem e buscar bom entendimento com os vizinhos. Com quase unanimidade, seus leitores responsabilizam os golpistas do Parlamento pelas medidas tomadas pelos países vizinhos.
Os oligarcas do Paraguai ameaçam deixar a Unasul e o Mercosul, e isolar-se – e esse é um direito do país -, mas é improvável que o povo os acompanhe. O Paraguai sabe que terá de se entender com os vizinhos, mesmo porque depende dos portos de Buenos Aires e de Paranaguá para o seu comércio internacional.
Os mais extremados sonham com uma aliança descarada com os Estados Unidos e a transformação do país em uma espécie de Israel, a ser armado e financiado pelo dinheiro americano. Outros falam em uma associação do país com a China. É claro que não podemos subestimar os ardis dos norte-americanos, que gostariam de transformar o Paraguai em uma base militar contra a América do Sul.
Mas, como disse, certa vez, o então governador Tancredo Neves a um embaixador norte-americano, o Brasil – apesar dos quislings e vassalos dos estrangeiros - é bem maior do que o Vietnã.