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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

TUCURUVI E OS FANTASMAS DO TRAMWAY DA CANTAREIRA


São muitas as historias de fantasmas e acontecimentos sobrenaturais envolvendo os antigos moradores dos imóveis que margeavam o extinto leito do trem da Cantareira no bairro Tucuruvi.

Uma das mais famosas, foi sobre o descarrilamento e o tombamento de vários vagões do trem da Cantareira. O acidente ocorreu às 17h da tarde de 25 de março de 1944, numa curva onde hoje é a Avenida Dr. Antônio Maria de Laet, a menos de 400 metros após a antiga estação Tucuruvi em sentido a Guarulhos. Cerca de 100 passageiros estiveram envolvidos no acidente, onde 50 pessoas foram vítimas fatais e dezenas ficaram gravemente feridas.


Acontecimentos sobrenaturais passaram acontecer com frequência nas imediações do local. Antigos moradores afirmavam terem visto espíritos daqueles que ali perderam suas vidas, perambulando nas proximidades. Alguns viam fachos de luzes que apareciam e desapareciam repentinamente da mesma forma no leito do trem. Vozes e lamentações também eram ouvidas às vezes, alguns diziam ouvir batidas nas portas e janelas de suas casas e quando atendiam não havia ninguém. Os mais supersticiosos se mudaram do local.



Passageiros que viajavam a noite, passando pelo local, observavam vultos indefinidos que acenavam e suplicavam ajuda a beira da linha férrea. Após muitos anos terem se passado e o trem não existir mais, aquele local ainda foi palco de inúmeros acidentes de trânsito com vítimas fatais. A avenida, hoje pavimentada, com intenso tráfego de veículos, possui uma extensa e acentuada curva fechada onde frequentemente surpreendem os motoristas desatentos e os mprudentes.

À época, havia uma cruz que marcava o local da tragédia, onde os familiares das vítimas fatais depositavam fotos e acendiam velas em homenagem aos seus ente queridos.

Hoje, não resta mais vestígio algum. Moradores antigos que vivenciaram o fato e nem mesmo os fantasmas que também desapareceram. Talvez, porque a realidade seja mais assustadora que os próprios fantasmas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Bomba! Justiça brasileira legaliza maconha para uso medicinal

Publicado por Pedro Magalhães Ganem 


Decisão de ontem da Justiça Federal do DF deu prazo de dez dias para a Agência de Vigilância Sanitária, que regula os medicamentos no país, retirar o THC da lista negra das substâncias proibidas. Isso já foi feito com o Canabidiol (CBD), em janeiro de 2015, por iniciativa da própria Anvisa. Mas o THC, princípio ativo responsável pelo barato da maconha, continua banido.
A outra novidade é que, segundo a sentença, estão autorizadas a prescrição e a importação de Cannabis sativa L. “Agora, um médico pode prescrever a planta in natura“, diz Emílio Figueiredo, consultor jurídico do Growroom, associação que defende o cultivo para uso pessoal.
A decisão é uma tutela antecipada: ou seja, o juiz ainda não proferiu sua decisão final sobre todos os pontos da ação. Mas antecipou a decisão sobre pontos que considera urgentes. Que são:
·         Reclassificar o THC. “Transferir, em dez dias, o THC da lista F2 do anexo da lei de drogas, que contém as substâncias psicoativas banidas, para uma lista de substâncias sujeitas à notificação de receita” – ou seja, ele passa a ser autorizado mediante prescrição médica.
·         Mudar, em dez dias, a portaria 344/98 para “permitir, por ora, a importação, exclusivamente para fins medicinais, de medicamentos e produtos que possuam como princípios ativos os componentes THC (TETRAHIDROCANNABINOL) e CDB (CANNABIDIOL), mediante apresentação de prescrição médica e assinatura de termo de esclarecimento e responsabilidade pelo paciente”.
·         Permitir a pesquisa e a prescrição “da Cannabis sativa L. E de quaisquer outras espécies ou variedades de cannabis, bem como dos produtos obtidos a partir destas plantas, desde que haja prévia notificação à ANVISA e ao Ministério da Saúde”.
A ação do MPF também pediu a autorização de importação de sementes e do cultivo pessoal para uso medicinal. Essas demandas estão entre as que ainda não foram julgadas pelo juiz Marcelo Rebello, da 16a Vara de Justiça Federal do DF.
Consultada, a Anvisa disse por meio de sua assessoria de imprensa que ainda não sabe se vai recorrer. “Não sabemos ainda. A Diretoria vai avaliar os efeitos da decisão e possíveis ações da Anvisa. Não temos uma resposta, até porque na verdade ainda não fomos sequer notificados, embora tenhamos acesso à decisão na internet.”
Em janeiro, quando a Anvisa reclassificou o CBD, o então presidente da Anvisa Jaime Oliveira disse a este blog que   sem duvida nenhuma, a situação do THC tem que ser explorada e analisada.
Fonte: SuperInteressante 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

PATRIOTISMO E CIVISMO

Entendamos a importância de se resgatar o espírito de patriotismo em uma semana importantíssima para o Brasil, que é a Semana da Pátria; patriotismo que se perde a cada nova geração.

Compreendendo os hinos brasileiros
Resgatando um Patrimônio
A gente só ama o que entende

Dos objetivos
Entendemos o Hino Nacional Brasileiro, bem como os demais hinos de nossa Pátria, como um dos principais patrimônios lingüísticos, semiológicos e patrióticos nacionais. Como elemento poético, virtualiza e define no imaginário brasileiro o conteúdo de amor à Pátria, comum a todos os brasileiros e indispensável para a identidade nacional. Saber cantá-lo, compreendendo a visão do autor e saboreando com orgulho os seus belos versos, deveria apetecer espontaneamente ao mais comum dos cidadãos. Por isso nossos objetivos são:
• traduzir, em linguagem simples, os significados literais e poéticos do texto;
• enriquecer o vocabulário do cidadão, pela transformação de vocábulos eruditos em vocábulos da linguagem popular;
• ajudar a resgatar nossa auto-estima enquanto cidadãos brasileiros;
• enfatizar a importância de nossos hinos como símbolos da Pátria;
• propiciar o cumprimento da LEI n. 5.700 - DE 1° DE SETEMBRO DE 1971, que determina a obrigatoriedade do ensino do Hino Nacional Brasileiro em todas as escolas públicas e particulares do País.

O Hino Nacional Brasileiro e sua síntese poética
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da liberdade em raios fúlgidos
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.


[O brado trouxe o sol, que simboliza a alegria de ser livre.]
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte.


[Igualdade cria liberdade.]
Ó Pátria Amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!


Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece!


[A cruz de Cristo traz a esperança.]
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.


[A natureza deu grandeza.]
Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó Pátria Amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria Amada, Brasil!


[A Pátria é generosa.]
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!


[O Brasil tem localização privilegiada.]
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos têm mais flores.
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio, “mais amores”.


[Nossa natureza é colorida.]
Ó Pátria Amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!


Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.


[O Brasil é um país pacífico.]
Mas se ergues da justiça a clava forte
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme quem te adora a própria morte!


[O brasileiro é valente.]
Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó Pátria Amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria Amada, Brasil!


Significado do Hino Nacional Brasileiro

 

O Hino Nacional Brasileiro tornou-se obrigatório em todas as escolas públicas e privadas do país. Ao menos uma vez por semana os alunos precisam cantar o hino. A letra do hino é muito bonita, mas muitas pessoas não entendem o sentido de todas as palavras e frases presentes nele. Abaixo poderá encontrar o hino nacional traduzido. Utilizando uma linguagem fácil, o autor Wayne Tobelem dos Santos explicou muito bem uma das maiores riquezas de nossa nação, da pátria amada Brasil. Confira:

 

1. Ouviram do Ipiranga às margens plácidas

De um povo heróico o brado retumbante

 

As margens plácidas do (rio) Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.

Plácido quer dizer calmo. Dom Pedro I vinha de Santos, ao longo do rio Ipiranga, quando tomou a corajosa decisão de declarar a independência do Brasil.

Brado é grito. Retumbante é estrondoso, barulhento, para fazer um contraste com a placidez das margens.

Poderíamos parafrasear (escrever de outra forma) este verso assim: As margens calmas do rio Ipiranga ouviram o grito estrondoso de um herói (Dom Pedro I), que representava todo o povo brasileiro.

O riacho Ipiranga nasce junto ao Zoológico de S. Paulo. Era de costume na época inverterem-se as frases à moda latina.

 

2. E o sol da liberdade em raios fúlgidos

Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

 

Fúlgido significa brilhante.

Mas não dava prá dizer: "raios brilhantes brilhavam" porque iria parecer repetitivo e pobre. O grito de "Independência ou Morte" transformava uma nação colonial, dependente de Portugal, em um novo país autônomo e livre. Duque Estrada compara a liberdade a um sol brilhante que ilumina o céu (Pátria), antes obscurecida pelo colonialismo.

 

3. Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!

 

Penhor equivale a garantia, segurança. É comum a gente penhorar algo de valor (em troca de dinheiro) e receber um papel que garanta a recuperação daquilo que foi penhorado. O Brasil passou a ser independente e, portanto, conquistou o penhor da igualdade, ou seja, daquele momento em diante, Portugal e Brasil eram nações iguais, sem que uma fosse superior à outra. E a frase continua, dizendo: o nosso peito desafia a própria morte.

 

Simplificando: agora que o povo brasileiro conquistou seu passe para a liberdade, através de sua força e coragem, inspirado nesta nova liberdade não hesitará em enfrentar a própria morte (isto é, se tiver de lutar e morrer, o povo não sentirá medo). A frase pode ser reescrita assim: através de nossa coragem conquistamos uma igualdade de condição com quem antes era nosso colonizador e, para manter esta situação de liberdade, estamos prontos a sacrificar a própria vida.

 

4. Ó Pátria Amada,

Idolatrada

Salve! salve!

 

Idolatrar é transformar algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo geral. Salve equivale a uma saudação. Originalmente se dizia; "Deus te salve!"

 

5. Brasil, um sonho intenso, um raio vívido

De amor e de esperança à terra desce,

Se em teu formoso céu risonho e límpido

A imagem do Cruzeiro resplandece!

 

Vívido é intenso, ardente, vivo. Formoso é belo. Límpido significa transparente, claro. Resplandecer equivale a brilhar ou luzir intensamente. Aqui o poeta compara o Brasil a um sonho intenso, porque ainda tem muito a realizar. Sabe-se que o Cruzeiro do Sul é uma constelação que aparece no céu do Brasil. Ela tem a forma de cruz, que nos lembra Jesus Cristo e as práticas cristãs. Portanto, vamos refazer os versos para entender o sentido: O Brasil é como um sonho intenso e, já que em nosso céu límpido a cruz de Cristo resplandece, desta cruz desce um raio brilhante que ilumina o Brasil. Ou seja, o Brasil está sob o amparo e a proteção de Cristo.

 

6. Gigante pela própria natureza

És belo, és forte impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.

 

Se você olhar o mapa mundial, vai notar que o Brasil é o quinto maior país do mundo (depois de Rússia, Canadá, Estados Unidos e China). Com mais de 8.500.000 de Km2, o Brasil é naturalmente gigantesco.

Note que às vezes os poetas têm o costume de falar diretamente com as coisas, como se elas fossem pessoas: "és belo, és forte..."

Impávido significa sem medo: destemido, corajoso. Colosso é uma pessoa ou objeto de tamanho muito grande.

Vamos reescrever a frase: Tu (Brasil), és belo, forte e, graças ao tamanho imenso que a natureza te deu, não tens medo de nada. Além disso, a tua grandeza de hoje vai se revelar no futuro.

 

7. Terra adorada, entre outras mil,

És tu Brasil, ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada, Brasil!

 

Este trecho é mais fácil de se entender, embora também utilize algumas inversões:

Brasil, tu és nossa terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa pátria amada, mãe gentil (carinhosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros).

 

8. Deitado eternamente em berço esplêndido

Ao som do mar e à luz do céu profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!

 

Esplêndido é maravilhoso, deslumbrante. Fulgurar é brilhar, resplandecer. Também pode significar distinguir-se ou sobressair (entre outros). Florão é uma decoração bonita e grande em forma de flor.

A idéia que Duque Estrada quer transmitir é a de que a localização geográfica do Brasil é mesmo muito privilegiada: as montanhas, as matas, os rios, toda a natureza formam a imagem de um berço (porque, além do mais, o Brasil, uma nação que se tornara recentemente independente, era como um imenso país recém-nascido).

"Ao som do mar", porque temos um litoral vasto com belíssimas praias; "e à luz do céu profundo", isto é, ensolarado, típico dos trópicos.

O "sol do Novo Mundo" coloca o Brasil mais uma vez como uma nação jovem e promissora. O velho mundo (Europa) conquistou e colonizou o novo mundo (América).

Vamos reescrever: Brasil, tu possuis uma localização espetacular, com uma natureza rica, muito mar e sol. Por isso, entre outras nações da América (Novo Mundo), tu te destacas como um florão.

 

9. Do que a terra mais garrida

Teus risonhos lindos campos têm mais flores,

"Nossos bosques têm mais vida",

"Nossa vida" no teu seio, "mais amores".

 

Garrida é colorida, alegre, vistosa.

Teus risonhos lindos campos têm mais flores do que a terra mais garrida (vistosa). Ou seja, nossa natureza é mais colorida e bela que a de outras terras.

Nossos bosques têm mais vida (mais beleza e vitalidade).

Nossa vida, em teu seio (dentro de ti, Brasil), mais amores.

Equivale a dizer que nós, brasileiros, por vivermos no Brasil, somos mais capazes de amar.

As aspas são usadas por Duque Estradas no original, pois representam citações dos versos de Gonçalves Dias em "Canção do Exílio":

 

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá...

...Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas varzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

 

10. "Ó Pátria amada,

Idolatrada

Salve! Salve!

 

Idolatrar é transformar algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo geral.

Salve equivale a uma saudação. Originalmente se dizia: "Deus te salve!"

 

11. Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado

 

Ostentar é mostrar com orgulho.

Um lábaro era um estandarte muito usado pelos romanos e aqui está representado por nossa bandeira, repleta de estrelas. O poeta compara a bandeira a um estandarte e deseja que ele represente o amor eterno.

O verso está invertido. Deve-se ler: Brasil, o lábaro que ostentas estrelado seja símbolo de amor eterno.

O poeta está tentando dizer: tomara que as estrelas da tua bandeira sejam símbolo de amor eterno.

 

12. E diga ao verde-louro desta flâmula

Paz no futuro e glória no passado.

 

Flâmula aqui, é sinônimo de bandeira. O louro é uma planta. Com seus galhos e folhas os imperadores romanos eram coroados. Portanto, simboliza poder e glória. Mais uma vez, vamos olhar para a bandeira. Duque Estrada torce para que o louro da bandeira simbolize um poder que venceu batalhas gloriosas no passado, quando isso foi necessário para se conseguir a independência, mas só deseja paz daquele momento em diante, pois o verde, além da esperança, também simboliza a paz.

 

13. Mas se ergues da justiça a clava forte

Verás que o filho teu não foge à luta,

Nem teme quem te adora a própria morte.

 

Clava é um pedaço de pau pesado (mais grosso numa ponta que na outra), que era usado como arma.

Vimos que, no verso anterior, o poeta sonha com a paz no futuro.

De repente, entretanto, este novo verso diz: mas se ergues (levantas) a clava forte da justiça, ou seja, se o país tiver de lutar contra a injustiça, verás que um brasileiro (filho teu) não foge à luta (enfrenta a guerra).

E quem te adora não teme nem a própria morte, quer dizer, os brasileiros adoram tanto o seu país que seriam capazes de sacrificar suas próprias vidas para defendê-lo.

 

14. Terra adorada, entre outras mil,

És tu, Brasil, ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria Amada, Brasil!

 

Este trecho é mais fácil de entender, embora também utilize algumas inversões: Brasil, tu és nossa terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa pátria amada, mãe gentil (carinhosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros).

 

Fonte: Wayne Tobelem dos Santos

Esclarecimento

O autor não tem a pretensão de elaborar um estudo exaustivo dos hinos aqui apresentados. Tão somente visa a explicar e a facilitar a compreensão de seu significado para o cidadão brasileiro.

O autor também se permitiu algumas interpretações pessoais, o que é usual em se tratando de poesia.

 



Recebi um e-mail, que traz um depoimento da senhora Ana Arcanjo, nascida na cidade de Santos foi enfermeira e atuou como membro da Cruz Vermelha na Revolução Constitucionalista de 1932. Segundo ela, em sua infância, cantava-se o Hino Nacional Brasileiro na escola em que estudava e a parte tocada do hino que é chamada de introdução na verdade existia uma letra que era cantada e com o passar dos anos e o progresso foi suprimida. Mas lembra-se claramente da letra que reproduzimos abaixo:

Hino Nacional Brasileiro

Introdução (parte instrumental)

A parte instrumental tem uma introdução, que possuía uma letra, que foi excluída da versão oficial do hino. Atribuída a Américo de Moura, diz:

Espera o Brasil
Que todos cumprai
Com o vosso dever.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!

Gravai com buril
Nos pátrios anais
Do vosso poder.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!

Servi o Brasil
Sem esmorecer,
Com ânimo audaz
Cumpri o dever,
Na guerra e na paz

À sombra da lei,
À brisa gentil
O lábaro erguei
Do belo Brasil.
Eia sus, oh sus!

O CIVISMO

A discussão a partir da fala de Jesus sobre os impostos pode ser ampliada, para nos ajudar a refletir na natureza de nossos compromissos com a pátria em que nascemos.
Temos deveres e privilégios para com esta pátria. Civismo é a palavra que nos conecta com estes deveres e privilégios.
Dar a César o que é de César é um dever cívico de todo aquele que é cidadão. Cidadania e civismo são, na verdade, palavras sinônimas.

1. Civismo é desejar o melhor para o país, sem ufanismo e sem derrotismo.
O ufanista só vê as possibilidades nacionais como realizações. O derrotismo salienta as mazelas nacionais, que não são poucas.
Precisamos ver os valores brasileiros, sem esquecer os males brasileiros.
Desejar o melhor para o país é orar pela pátria e seus governantes. Será que não temos abandonado aqueles que elegemos, deixando de orar por eles?


2. Civismo é pagar impostos e vigiar sua aplicação.
Já que os temos de pagar, por que não vigiar seu uso.
Há cidades que tèm praticado orçamentos participativos, ocasiões em que os cidadãos podem comparecer e opinar sobre as prioridades do governo municipal. Nos planos estadual e federal, este trabalho é (ou deve ser) feito pelas Câmaras estaduais e pelo Congresso Nacional.
Precisamos acompanhar o planejamento das despesas e sua execução. Não é fácil, mas se tivermos interesse, conseguiremos formas de o fazer, mesmo que modestamente.


3. Civismo é não corromper.
O motorista, flagrado em erro no transito e que aceita ser subornado, é melhor que o policial rodoviário?
Uma destes, numa parada na estrada, enquanto esperávamos nossos lanches no balcão de um restaurante, travamos eu e um homem o seguinte diálogo:
-- Essa estrada está muito perigosa.
-- Muito movimento.
-- E a gente acaba fazendo o que não deve. Há alguns quilômetros o guarda me parou. Minha documentação está toda ok. Acontece que fiz uma ultrapassagem em lugar proibido.
-- A multa é alta.
-- O problema são os pontos na carteira. Estou perto do limite. Saiu por 60 reais.
-- Mas a multa é mais alta.
-- O guarda me disse que era 240, mas que podia resolver por 120. Negociei pela metade.
Então, ele me mostra uma nota de 10.
-- E ele ainda queria este 10, mas eu disse que precisaria caso me furasse um pneu do carro.
Só ouvi.
-- A gente acaba cometendo crimes (ultrapassar na contramão e pagar propina) e chega em casa e ainda tem que encarar os filhos.

4. Civismo é escolher conscientemente em quem vai votar.
Precisamos aprender a votar.Nossa atuação neste campo é vergonhosa. Segundo uma pesquisa, apenas 3% dos cariocas se lembravam em novembro de 2009 em quem votaram para deputado federal em outubro de 2006. Em quem você votou para vereador nas últimas eleições. Eu me lembro e ele perdeu. Segundo outra pesquisa, 21% dos eleitores (17 milhões de pessoas) admitem já ter trocado voto por emprego, dinheiro ou presente. A pesquisa, de âmbito nacional, revela também 12% dos entrevistados dizem estar dispostos a mudar seu voto por dinheiro. A maioria (79%) acreditam que os brasileiros vendem voto e 33% concordam com a idéia de que não é possível fazer política sem um pouco de corrupção. Ao mesmo tempo, 94% condenam a comercialização do voto. (Dados do DataFolha, divulgados pela Folha de S. Paulo, em 4.10.2009)
Se você já vendeu (ou trocou, que é mais suave) o seu voto, arrependa-se e não pratique mais isto.

5. Civismo é candidatar-se
No Brasil, ser político tornou-se uma profissão, uma forma de ascensão social. Mesmo pessoas sem qualquer chance disputam, esperando que, quem sabe, possa lhe sobrar um cargo em algum órgão público. Apesar disto, a política não pode ser deixada para os profissionais. É preciso que os idealistas e apaixonados, que tenham propostas, se candidatem. O jogo é bruto, mas os vocacionados devem joga-lo, com sabedoria e temor a Deus. Se conhecemos pessoas em quem acreditamos, devemos apoiá-las, com trabalho, dinheiro e oração.

6. Civismo é conhecer os símbolos nacionais, sem os cultuar (no sentido de adorar, verbo que só podemos conjugar para Deus).

É cívico conhecer os símbolos nacionais brasileiros, que são, segundo a Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971, os seguintes:

BANDEIRA NACIONAL

A esfera azul, representando nosso céu estrelado, tendo ao centro com a seguinte frase "Ordem e Progresso". As 27 estrelas representam os 26 estados e o Distrito Federal.
O losango amarelo ao centro representa o ouro (ou a riqueza nacional).
O retângulo verde representando nossas matas e florestas.

ARMAS NACIONAIS

No centro há um escudo circular sobre uma estrela verde e amarela de cinco pontas. O cruzeiro do sul está ao centro, sobre uma espada. Um ramo de café está na parte direita e um de fumo a esquerda. Uma faixa sobre a parte do punho da espada apresenta a inscrição "República Federativa do Brasil". Numa outra faixa, abaixo, apresenta-se "15 de novembro" (direita) e "de 1889" (esquerda)
SELO NACIONAL

É usado para autenticar documentos oficiais e atos do governo federal. É usado também para autenticar diplomas e certificados emitidos por unidades de ensino oficialmente reconhecidas. É representado por uma esfera com as estrelas (semelhante a da bandeira brasileira), tendo ainda a inscrição "República Federativa do Brasil".

É cívico cantar o Hino Nacional Brasileiro, por exemplo, sabendo-o de cor e conhecendo sua história e significado.
Primeiramente surgiu a música, composta por Francisco Manuel da Silva (1795-1865), entre 1823 e 1831 (uma vez que a data é disputada), servindo-se de outra letra. A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927), que em 1909 venceu um concurso para a escolha da letra para o hino, que ele mesmo modificaria em 1916 e seria tornada oficial em 1922. Em de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país, devendo ser executada pelos menos uma vez por semana.
A parte instrumental tem uma introdução, que possuía uma letra, que foi excluída da versão oficial do hino. Atribuída a Américo de Moura, diz:

Espera o Brasil
Que todos cumprai
Com o vosso dever.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!

Gravai com buril
Nos pátrios anais
Do vosso poder.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!

Servi o Brasil
Sem esmorecer,
Com ânimo audaz
Cumpri o dever,
Na guerra e na paz

À sombra da lei,
À brisa gentil
O lábaro erguei
Do belo Brasil.
Eia sus, oh sus!

A letra do hino nacional brasileiro precisa ser interpretada, por causa da sua construção fraseal e do seu vocabulário:

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

As margens plácidas (calmas) do riacho Ipiranga ouviram o brado (grito) retumbante (forte, com barulho) de um povo heróico (o povo brasileiro). Trata-se de uma referência ao grito da independência, dado por D. Pedro quando ia de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822, ele levantou a espada e gritou: "Independência ou Morte!".
A partir daí, o sol da liberdade brilhou, em raios fúlgidos (brilhantes), raiou no céu do Brasil no momento da proclamação da Independência.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, o Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!

Conseguimos conquistar com braço forte o penhor (garantia) desta igualdade.
Por isto, no seio (coração) da liberdade, nosso peito desafia a própria morte, isto é, somos capazes de desafiar a própria morte para defender a liberdade da nossa idolatrada (amada) pátria.

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

O Brasil é fruto de um sonho intenso; é um raio vívido (intenso, claro), feito de amor e de esperança, que alcança a terra, terra onde no céu risonho e límpido (puro) resplandece (brilha) a constelação de estrelas chamada de Cruzeiro do Sul.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada, Entre outras mil,
És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Os recursos naturais do Brasil fazem dele um gigante, bonito, forte, corajosamente grande. Isto vai ter reflexos no futuro. A pátria é a mãe gentil (generosa) de todos os que nascem no Brasil.

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, o Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
O Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!

Localizado belamente à margem do oceano Atlântico, que lhe dá um longo e ensolarado litoral, o Brasil desponta na América como um florão (flor feita de ouro)
O Brasil é um país enfeitado com flores. Então, o autor cita o poeta Gonçalves Dias, para dizer que nossos bosques têm mais vida e neste país podemos amar intensamente.
Por isto, nós a amamos.

Brasil, de amor eterno seja símbolo,
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
Paz no futuro e glória no passado.

O lábaro (bandeira) cheio de estrelas, representando os estados, deve visto como o símbolo do nosso amor pela pátria. Que esta flâmula (bandeira) de corres verde-louro (verde e amarelo) nos inspire a desejar paz no futuro, à luz de um passado de glórias.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada, Entre outras mil,
És tu, Brasil,Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Se na defesa da justiça, é preciso o uso da clava forte (arma primitiva de guerra, tacape), os brasileiros não fugirão à luta. Quem ama o Brasil não teme nem a morte para defendê-la.

Civismo é cantar o Hino Nacional Brasileiro, com emoção e compromisso.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO