MARÇO 15,
2012
Antes do Horto Florestal, o primeiro parque a receber visitantes
para os piqueniques de fim de semana foi o parque da Cantareira (*), onde
o famoso trenzinho da Cantareira fazia o seu ponto final. A sua beleza
permanece até hoje. Ali ficavam os reservatórios do primeiro
abastecimento regular de água da cidade, surgido em 1882. Hoje o
espaço é ocupado pelo clube de funcionários da Sabesp.
A beleza da área continua, na Vila Rosa, a menos de 12 km do
centro. Porém o silencio maravilhoso e a tranquilidade para fauna e
flora estão ameaçados: o traçado do Rodoanel Norte pretende passar bem em
cima desse patrimônio da história paulistana. (* Não confundir com o
atual Parque Estadual da Cantareira, que é vizinho).
Comentários: Jânio
Pires
Conforme minhas manifestações públicas em
abaixo-assinados e e-mails enviados ao secretário Bruno Covas (08/04/2011), sou
totalmente contra a passagem do traçado do Rodoanel por esse trecho da Serra da
Cantareira.
Acho necessário que sejam realizadas manifestações
contrárias de toda ordem, mas por outro lado, de conformidade com a matéria,
entendo que essa área é uma área pública e deveria ser disponibilizada para ser
ocupada pela população em geral e não somente pelo clube da associação dos
funcionários da Sabesp conforme afirma.
Se é uma área maravilhosa e pertence ao estado,
porque estar disponibilizada exclusivamente à uma entidade de caráter privado e
para o privilégio de meia duzia de pessoas apenas, ou seja, apenas aos
funcionários da Sabesp e seus agregados?
Entendo que a Secretaria do Meio Ambiente deve
rever o termo que deu a sessão de utilização da área para a associação Sabesp, e
entregar o espaço para que a população possa voltar a fazer os piqueniques ali e
que o silencio maravilhoso e a tranquilidade, a fauna e a flora que estão
ameaçados pelo traçado do Rodoanel, sejam socializados com o povo e deixe de ser exclusivo apenas a um
seleto grupo privilegiado.
Abaixo
trecho de texto reproduzido do Blog do Rodoanel:
"Ivini Ferraz, da ONG Recanta, disse que
conseguiu alterar ligeiramente o traçado, que não vai mais destruir as casas
históricas. Porém os 8 faixas de
trânsito da obra passariam exatamente sobre a portaria do clube, de onde foi
batida a foto acima."
Ou seja, adeus tranqüilidade, adeus fauna e, de
repente, adeus flora. Isso é o que São Paulo precisa?
Comentário:
Jânio Pires
Primeiro:
Com todo respeito que tenho pela Ivini, creio que ela
não tenha conseguido alterar nada sozinha.
Se houver mudanças foi em função das diversas mobilizações da população da qual ela também fez parte e sobretudo de uma decisão do governo que levou a esse caminho revendo o projeto e cedendo a pressões e manifestações.
Se houver mudanças foi em função das diversas mobilizações da população da qual ela também fez parte e sobretudo de uma decisão do governo que levou a esse caminho revendo o projeto e cedendo a pressões e manifestações.
Segundo:
Quando no texto indaga, "adeus tranqüilidade, adeus
fauna e, de repente, adeus flora. Isso é o que São Paulo precisa?"
Pergunto-lhe:
A QUE SÃO PAULO SE REFERE? São Paulo de um
privilegiado e seleto grupo de funcionários de uma empresa de economia mista?
Jânio Pires, 52, jornalista
graduado em comunicação empresarial, memorialista de história e consultor de
marketing cultural.
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