Hoje com 207 milhões de habitantes, país terá 200
milhões ao fim do século; média de idade passará de 31 para 50 anos.
Por: O Globo 29/07/2015
Enquanto
a população mundial deve crescer 53% até 2100, saltando de 7,3 bilhões de
pessoas para 11,2 bilhões, o Brasil viverá um movimento oposto nos próximos 85
anos. De acordo com o relatório "Perspectivas da População Mundial",
divulgado nesta quarta-feira pela ONU, o país, que hoje tem 207 milhões de
habitantes, deve chegar a 2100 com "apenas" 200 milhões. A idade
média do brasileiro, atualmente de 31 anos, será de 50,2 anos em 2100. Se hoje
um habitante do país vive em média 75 anos, em 2100 viverá 88 anos. Esta
redução, porém, ainda deve demorar para começar a ser vista nos índices
demográficos. Segundo o documento, o Brasil chegará a 2030 com 228 milhões de
pessoas, saltando para 238 milhões em 2050. Então, em algum momento da segunda
metade deste século, a população nacional começará a cair até o país chegar a
200 milhões de brasileiros em 2100. Em 1950, com 53,9 milhões de brasileiros, o
país era o oitavo mais populoso do planeta. Hoje, somos o quinto mais populoso.
Em 2050, passamos a sétimo nesse ranking e, em 2100, estaremos na 13ª posição. Outros países passarão por processos parecidos, alguns de
forma muito mais acentuada. A Croácia, por exemplo, que hoje tem 4,2 milhões de
pessoas, registrará queda populacional em 2030 e 2050, chegando a 2100 com 2,6
milhões de habitantes. Uma redução de quase 40%. A Colômbia, que hoje tem 48
milhões de pessoas, deve ter 45 milhões em 2100. A Grécia, atualmente com 10,9
milhões, terá 7,3 milhões ao final do século XXI. Todas
essas nações estão na contramão do movimento do planeta. Segundo o relatório, o
mundo terá 53% mais pessoas em 2100. A África, quem 40% da população com menos
de 15 anos, deverá puxar esse crescimento. Até 2050, segundo o estudo, a
população dos 28 países africanos deve crescer em mais de 100%. Até 2100, pelo
menos dez dessas nações observarão um avanço demográfico de mais de cinco
vezes. São eles: Angola, Burúndi, República do Congo, Malauí, Malu, Niger,
Somália, Uganda, República Unida da Tanzânia e Zâmbia.