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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

BRASIL, DA PROCLAMAÇÃO À PROFANAÇÃO DA REPÚBLICA - 15 DE NOVEMBRO DE 2019

Desde tenra idade, cultuo minha ancestralidade com respeito e gratidão por minha existência, sempre os exaltei, sobretudo pelo que nos mostra a história, por desejarem um país mais justo, soberano, com igualdade de direitos políticos e sociais sob todos os aspectos à todos os brasileiros. Família quatrocentona, de essência  Republicana onde meu trisavô, Francisco Xavier de Almeida Pires (Chico Pires), representando a delegação de Botucatu, foi um dos 133 membros participante da I Convenção Republicana de Itu em 18 de abril de 1873, o que sempre me causou orgulho, principalmente por ter em meu DNA princípios e propósitos republicanos. Hoje, fazendo uma profunda reflexão sobre a atual conjuntura politica brasileira, não tenho a mesma certeza de que, tanto eu, assim como eles, teríamos o mesmo orgulho, a mesma expectativa. Muito me entristece ao ver que em tão pouco tempo de existência  da República, apenas 130 anos, a imaturidade dos "pseudos notáveis governantes" que, com tamanha desfaçatez transitaram pelo poder central, sem nunca pensarem ou contribuírem para o desenvolvimento e o progresso da nação, para o crescimento econômico e social e em seu povo laborioso; pensaram apenas no projeto de se manterem no poder, onde se locupletaram as custas do sangue e do suor destes trabalhadores que ajudaram e ajudam a construir essa imensa, rica e grandiosa nação que se chama Brasil.

Jânio Pires 
Jornalista

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A ORIGEM DA DATA DE ANIVERSARIO DE TUCURUVI

A ORIGEM DA DATA DE ANIVERSÁRIO DO TUCURUVI
Por Jânio Pires

Em meados da década de 1980, com a abertura do regime foi iniciado o processo de redemocratização no país. Um ar renovado começava a ser respirado, o clima de mudanças e esperanças ressurgiu nos cidadãos. A sensação de liberdade e o desejo de expressar pensamentos contagiaram a todos. Os movimentos sociais começavam a se organizar por todos os cantos e lugares; nas cidades, no campo, nos sindicatos, associações de moradores de bairro e agremiações estudantis. Enfim, era o início do fim de uma etapa de transformações a que foi submetido o povo brasileiro.

Nesse cenário, por iniciativa espontânea de um grupo de moradores, convencidos da pouca importância dedicada pelo poder publico da época à região, foi reativada a Sociedade Amigos do Progresso de Tucuruvi – SAPT - entidade fundada na década de 50 que se tornou inativa após 1967. Os baixos investimentos em saúde, educação, segurança, cultura, esporte e lazer, infraestrutura e transportes, refletiam-se em uma espécie de isolamento da Zona Norte em relação a outras regiões da cidade.

Em 1981, esse grupo de moradores, preocupado com o descaso das autoridades, se organizaram e constituíram uma diretoria para a SAPT, composta com as seguintes pessoas: Janoares Camargo, Jânio Pires, Pedro Andrade, Wagner de Azevedo Marques, José Alencar, Elisabete Leite Nogueira, Armando Bonano, Waldemar Neves, Sidnei Augusto, Norberto Guerra, Terezinha Vilanova e outros, os quais resgataram uma serie de documentos históricos que traziam detalhes da origem e memórias de Tucuruvi.

De posse deste material, Pedro Andrade, Jânio Pires e Wagner de A. Marques, debruçaram-se sobre ele, e a partir de uma analise mais minuciosa, chegaram à conclusão que o marco principal se deu pela compra das terras de propriedade de Claudino Inácio Joaquim pelo engenheiro inglês Willian Harding, promotor da implantação do primeiro núcleo de povoamento no entorno da antiga estação Tucuruvi do trem da Cantareira - o famoso trenzinho foi o agente facilitador que contribuiu para o povoamento do bairro. Esta escritura era datada de 24 de Outubro de 1903.

Desta forma, em 1983, a SAPT, em caráter oficioso, estabeleceu a data como referência do aniversário de fundação do Tucuruvi. Sua oficialização se deu somente 11 onze anos mais tarde, instituído de acordo com a Lei Municipal Nº 11.481 de 24 de fevereiro de 1994, quando passou a fazer parte do Calendário Oficial de Eventos do Município de São Paulo. 

Em outubro de 1983, promovida pela SAPT, se deu a primeira, talvez a maior e mais importante festa de aniversario do Tucuruvi. Celebração que comemorou o 80º aniversário do bairro com atividades festivas simultâneas e variadas modalidades, categorias e segmentos. Com caráter reivindicativo envolvendo todos os movimentos sociais, culturais e esportivos da região. Das atividades desenvolvidas podemos citar:
I Seminário de Assuntos Comunitários, Concurso Escolar sobre Historia do Tucuruvi, Exposição de Pinturas e Artesanato, Desfiles de Bandas e Fanfarras, Competições Esportivas, Mostra de Cinema e Fotos, Apresentações Musicais e Teatro, Homenagens às famílias tradicionais, antigos moradores, comerciantes e trabalhadores que fixaram residência e constituíram suas famílias no bairro.

A partir dos anos 90, com a implantação do modelo neoliberal, os movimentos sociais formados por entidades e associações, foram enfraquecendo em áreas urbanas e mais centrais. As comemorações de aniversário passaram a ser sem conteúdo reivindicativo e perderam sua essência inicial que estabelecia a correlação de forças políticas da comunidade em relação ao governo, tornando-se cada vez mais de caráter oficial (Chapa Branca), até se tornar, como é hoje. 




quarta-feira, 13 de novembro de 2019

SAVE THE DATE - Lançamento do livro "Sonhador de Utopias"


O livro Sonhador de utopias traz a história de Nelson Fernandes, um homem que teve uma vida marcada por profundas realizações.

Se os sonhos não envelhecem, como afirma a canção imortalizada pelo movimento mineiro Clube da Esquina, também inspiram a seguir e comprovam a grandiosidade daquelas pessoas que se mantém fiéis a eles, ainda que enfrentem o descrédito e, muitas vezes, o jogo pesado do poder na sociedade. O paulistano do Tucuruvi (zona norte de São Paulo), Nelson Fernandes, é a personificação desta máxima.

O livro Sonhador de utopias traz a história deste homem que ousou imaginar um país soberano, dono de seu próprio caminho, o que normalmente não é bem recebido por aqueles que querem apenas explorar terras (e mentes) tão produtivas. “Como poucos, tive a sorte na vida de ver concretizados muitos de meus sonhos. Infelizmente alguns deles ficaram pelo caminho. Estavam além do que o meu espírito empreendedor pudesse sustentar. Por muito pouco, teria ido bem mais longe e transformado a história de meu país”, afirma no livro, produzido em depoimento ao jornalista Alexandre Volpi.

Fernandes gestou, nos anos 1960, o projeto da Indústria Brasileira de Automóveis Presidente (IBAP), uma sociedade de capital nacional constituída a partir da participação popular com o objetivo de produzir carros modernos, avançados e 100% brasileiros.

Da infância bucólica a uma adolescência regada aos movimentos da dança de salão, o que --  apesar de não ser bem vista por seu pai -- se consolidou como uma profunda (e controversa) paixão nas décadas que viriam a seguir; passando por sua vida adulta repleta de realizações e também decepções, a publicação apresenta um relato sensível e afetuoso de uma trajetória de vida que se mistura com caminhos históricos do Brasil e do mundo.

Um espírito empreendedor que não aceitava o não como resposta, e que gerou feitos como a criação do clube ACRE, do hospital Presidente I e II e da IBAP (a constância do termo Presidente tem origem na profunda admiração por Juscelino Kubitschek), em ações que não visavam apenas lucros pessoais, mas a contribuição efetiva para o desenvolvimento e autonomia nacional.  Tudo isso o acabou levando para uma tentativa na política, na Assembleia Legislativa. Porém, a política, que ironia, pode ser o lugar errado para quem deseja ver seu povo crescer e se desenvolver com dignidade.

As conquistas, tristezas, realizações e orgulhos de Nelson Fernandes compartilhados no livro mostram a obstinação de um homem que nunca questionou seus sonhos e escolheu trilhar no caminho da fidelidade aos seus valores e projetos. Uma inspiração para estes tempos.

Ficha Técnica
Título:       Sonhador de Utopias
Autor:       Nelson Fernandes por Alexandre Volpi
Prefácio:   Jornalista Jânio Pires
Página:     296
Formato:  16 X 23 cm
Editora:     Editora Cosmos
ISBN:        978-85-68800-15-7
Tiragem:   1.000 exemplares
Preço:        R$ 49,90

SERVIÇOS:
Lançamento São Paulo
Dia 13 de dezembro de 2019, às 19h
ACRE CLUBE
Rua Água Comprida,257 - Jardim França / São Paulo
(11) 22038788